Em que tom devo cantar?

É muito comum que uma pessoa comece a fazer aulas de canto aqui conosco e pergunte: Qual é o meu tom? É G (G Maior), E (E Maior) ou C (C Maior)? Como posso saber em que tom devo cantar?

Vamos explorar nesta postagem por que essas perguntas não fazem muito sentido quando feitas dessa forma. E também como alterar a tonalidade de uma música da maneira CORRETA.

A maioria das pessoas que fazem essas perguntas começa a cantar e não consegue atingir os picos de certas músicas e consegue atingir os picos de outras. Então, ela se pergunta: as músicas no tom “x” são todas boas para mim? E o passo natural seria colocar as músicas que eles não conseguem cantar no mesmo tom das que eles conseguem cantar.

Em primeiro lugar, seria bom avaliar se a pessoa não consegue alcançar as notas altas das músicas porque elas realmente estão fora de seu alcance vocal ou porque ela não tem estudo de técnica vocal.

Mesmo que seja por falta de estudo da técnica, mudar o tom pode ser um processo temporário até que ele evolua nos estudos. Um caso muito legal é quando a pessoa já tem compromissos musicais (shows, eventos ou gravações) e precisa continuar realizando essas atividades enquanto continua estudando técnica.

Outro método que usamos quando a pessoa está estudando canto aqui conosco é abaixar o tom no início e voltar gradualmente (metade a metade a cada semana) à tonalidade original. Dessa forma, nosso corpo responde muito melhor e, juntamente com o estudo de exercícios de técnica, muitas vezes conseguimos cantar a música no tom original.

Mas e se chegarmos à conclusão de que o tom de uma determinada música realmente não funciona em nossa voz (mesmo que seja temporário)?

Nesse caso, devemos analisar a extensão da MELODIA dessa música. Uma definição muito superficial de MELODIA é aquela que diz que a melodia é a sequência de notas que um determinado instrumento ou voz produz. A palavra importante aqui é sequência, pois se forem notas simultâneas, teremos CORDAS.

Tudo bem, vamos supor que você seja um cantor e que uma determinada música que você queira cantar vá para E4 (E 4 – considerando o C médio como 3) e você não consiga cantar a parte da música que tem essa nota.

O procedimento correto seria mudar o tom (MELODIES AND CHORDS) durante toda a música para um tom mais baixo, que tenha uma nota que você possa cantar como a nota mais alta. Instrumentos como violões, guitarras, baixos, teclados, etc. – todos deveriam mudar de opinião também. Os únicos instrumentos que estão livres dessa transposição são a bateria e os instrumentos de percussão não tonais.

Um procedimento ERRADO seria apenas mudar uma ou outra nota da melodia na parte em que você não consegue alcançar as notas que o cantor original cantou (mesmo que as notas que você cantou se encaixem nesses acordes e escalas).

Observe que uma música pode estar em Dó Maior (C) e a nota mais alta da melodia ir até E4 (E 4), mas podemos ter outra música em Mi Maior (E) em que a nota mais alta da melodia vai até B3 (Si 3).

Portanto, não faz muito sentido tentar encontrar um tom universal, um tom em que todas as músicas soariam bem em sua voz. Devemos sempre analisar qual é a nota mais alta da melodia dessa música e compará-la com a nota mais alta que você está atingindo no momento.

Depois de fazer isso, analise quantos tons sua nota mais alta está longe da nota mais alta da música e diminua o tom de todos os instrumentos que fazem acordes e melodias durante toda a música. Se, por acaso, a música for muito baixa para você, pense na nota mais baixa que pode atingir e transponha a música até que ela atinja somente essa nota.

Dessa forma, você poderá cantar a música que sempre quis da melhor maneira possível! E se você estiver estudando exercícios de técnica vocal paralelamente, a cada semana você pode tentar aumentar gradualmente o tom de sua(s) música(s) favorita(s).

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Raphael Begosso

Formado em Música com habilitação em Composição e Regência pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), a melhor faculdade de música do Brazil. Como um dos melhores alunos de sua turma, conseguiu uma bolsa da CNPQ e foi convidado para integrar um grupo de pesquisa científica conhecito como PET. Raphael trabalhou como diretor, arranjador, e produtor de muitos grupos vocais e corais. Seu grupo CantaMais fez shows por várias cidades de Sãp Paulo e foi convidado para fazer uma participação num programa de TV chamado Programa do Jô da rede Globo de televisão (você pode achar esse vídeo em nosso canal do YouTube). Ele estuda voz desde 1998 e é um vocal coach dede 2002. Estudou tamabém piano, guitarra, violão erudito e canto coral na Escola de Música do Estado de São Paulo (antiga ULM) Um dos grandes mentores de Raphael é Brett Manning que aplica o Singing Success – método de eficiência comprovada e usado por vários cantores famosos e ganhadores de prêmios Grammy, MCA Awards and Dove comoHayley Williams (Paramore), Taylor Swift, Keith Urban, Mark Kibble and Claude Mcknight (Take 6), Michael Barnes, Luke Bryan entre outros.

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