Aprenda a cantar afinado e no ritmo! Já sei: você chegou até aqui porque tentou cantar algumas músicas e percebeu (ou falaram para você) que você não cantou afinado e/ou no rimo. Pois bem, siga algumas de nossas recomendações de estudo por um tempo que é bem provável que você melhore e muito esses pontos. As dificuldades de afinação de qualquer cantor têm basicamente duas causas:
1) Dificuldades relacionadas ao treinamento do ouvido Há muitas camadas de desenvolvimento do treinamento do ouvido na carreira de qualquer músico. Desde o mais básico – entender e reproduzir notas que sobem ou descem (ficam mais agudas ou mais graves), quanto estão subindo ou descendo (intervalos musicais – se sobem pouco como numa terça menor ou muito como numa sexta maior) etc. – até o mais avançado – apenas ouvindo as músicas, identificar todas as notas da melodia e dos acordes, bem como das instrumentações do arranjo. À medida que o músico vai estudando (através de cursos e aulas ou por conta própria) e trabalhando com música (em ensaios, gravações e shows), o nível de treino de ouvido tende a ir melhorando gradativamente. Consideramos que para uma afinação precisa é necessário pelo menos um nível médio (intermediário) de treino de ouvido. Aqui a indicação principal do Raphael Begosso Vocal Studio é o Ear Master (https://www.earmaster.com). Mas como sempre dizemos, a teoria ajuda – e muito – o treino de ouvido, então nós recomendamos também as lições de Teoria nos livros de Bohumil Med: Um estudo que pode ajudar muitas pessoas também é o de Solfejo Melódico. Basicamente consiste em cantar melodias com o nome das notas a partir de uma partitura. Um livro que podemos recomendar (embora existam outros melhores, mas que não são tão fáceis de encontrar) é este aqui: Pozzoli – Partes III e IV
2) Dificuldades relacionadas à técnica vocal Se um determinado cantor tem pelo menos um nível intermediário de treinamento auditivo e não consegue cantar no tom nas notas altas de uma determinada música, por exemplo, então podemos dizer que a técnica vocal o ajudará a resolver essas dificuldades. Talvez falte tônus ou controle muscular. Talvez falte o melhor uso de um determinado ressonador. Talvez falte sensibilizar um pouco mais de equilíbrio no uso das ressonâncias etc. As possibilidades são inúmeras e é impossível nesse caso passar uma recomendação sem ouvir você individualmente numa aula de canto. Então, aqui a indicação principal do nosso estúdio são os exercícios de técnica vocal passados em aula. No começo da aula sempre fazemos um aquecimento (normalmente os 3 primeiros exercícios) e depois seguimos para os exercícios de técnica vocal propriamente ditos. Em toda gravamos apenas o piano com a demonstração para facilitar os estudos dos alunos. Gravamos também o aluno cantando, mas é mais para eles ouvirem uma vez durante a semana e auditivamente identificarem os erros e acertos. A fonte de sua prática deve ser o arquivo com o piano gravado.
E o ritmo? Quanto ao ritmo, ele está muito relacionado ao treinamento do ouvido e também à teoria musical. Entender as pulsações, as divisões e os agrupamentos rítmicos e conseguir reproduzi-los é a principal maneira de estudar. O aplicativo Ear Master tem uma seção de ritmo interessante, mas há um livro de solfejo rítmico que recomendamos que os alunos façam um pouco por dia: Pozzoli – Partes I e II Como vimos, com um plano e diretrizes adequados, estudo e dedicação, você pode melhorar sua afinação e seu ritmo. É claro, não somos máquinas, então, alguma flutuação é tolerável (principalmente em situações ao vivo).
Considere também ler nosso post sobre saúde vocal (aqui) para garantir que toda a sua melhora de afinação se traduza todos os dias nos seus compromissos relacionados ao canto.